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Finalidade
A finalidade principal da operação
Troposférica da Expedição Namíbia
é estudar e realizar contatos com radioamadores por Dutos
Troposféricos Transoceânicos em VHF e UHF através
do Atlântico Sul. Os resultados e conclusões deverão
ser compartilhados com toda a comunidade.
A finalidade secundária
da operação Tropo é estimular e aumentar
o interesse regional pelas comunicações de longa
distância através do Oceano Atlântico.
Metas
Algumas metas foram elencadas
para que as pesquisas e operações sejam parametrizadas
e avaliadas, a saber:
-
Comunicação
entre Lüderitz e St. Helena e/ou Ascension em 2 metros
;
- Comunicação entre Lüderitz
e América do Sul em 2 metros;
- Recepção de Lüderitz
de radiodifusoras FM da América do Sul;
- Obter dados referentes às condições
climáticas durante a realização dos comunicados
Dutos Troposféricos
Dutos Troposféricos que
oferecem longos trajetos transoceânicos ainda não
foram completamente explorados. Muitas regiões foram
bem experimentadas até mesmo por mais de 5 décadas
seguidas. Outras foram recentemente descobertas. São
alguns dos seus trajetos bem aproveitados em VHF, UHF e mesmo
SHF:
- Califórnia ao Hawaii;
- Grande Baía Australiana (Australian
Bight);
- Costa Leste européia até
a costa oeste da África do Norte;
- Ilha Reunião até a África
do Sul.
Outros dutos transoceânicos
são previstos e foram pouco ou nunca aproveitados portanto
mercem nossa atenção. Provavelmente
uma das razões do sub-aproveitamento - além da
dificuldade técnica inerente a cobrir enormes distâncias
em tais bandas - é a falta de operadores interessados
e bem equipados para trabalhar esse tipo de propagação
nas localizações ótimas e potenciais.
Alguns desses trajetos incluem:
-
- América do Norte > África
Oeste
- América do Norte > Europa
- Atlântico Sul
- África do Sul > América
do Sul
- África do Sul > St. Helena
/ Ascension
- Índico Sul
- Reunion/Mauritius > Austrália
- África do Sul > Austrália
- Índico Norte
A Expedição
Namíbia trabalhará detalhadamente o trajeto do Atlântico
Sul. Dados coletados de informes de recepção no início
de 2008 provam a existência de inversões de temperatura entre
África do Sul e St. Helena/Ascension, assim como de Ascension para
o Brasil. Recentes informes de recepção incluem captação
de estações continentais nas ilhas. No início de
novembro de 2008, ouvintes em St. Helena reportaram escutas de radiodifusores
FM do Brasil e Angola, enquanto em 156 MHz foram escutadas comunicações
marítimas vindas de Walvis Bay, Namíbia.
O projeto de pesquisa em
Lüderitz utilizará diferentes sistemas de rádio para
explorar profundamente os dutos pelo Atlântico Sul. Isso inclui
a banda de radiodifusão em VHF/FM, faixas de radioamador em 144
MHz e 432 MHz utilizando estações com alta potência
ERP funcionado como beacons contestáveis com antenas em polarização
horizontal para modos digitais, SSB, CW e polarização vertical
em FM.
Mecanismo
de Propagação
O mecanismo primário de propagação por
dutos transoceânicos é a inversão térmica.
Há um grande volume de informações e descrições
aprofundadas sobre o tema. Sugerimos para consulta do radioamador
interessado nesse fascinante modo de propagação:
Estação
Transoceânica
As pesquisas e tentativas de
contato por Tropo da Expedição Namíbia
ocorrerão em diversas freqüências e modos.
A operação principal
ocorrerá em 2 metros SSB, CW e Modos Digitais.
Secundariamente utilizaremos
os 2 metros FM e os 70 centímetros em SSB, CW e Digital.
Adicionalmente estações
na faixa de radiodifusão FM serão procuradas em
todo espectro. Radiodifusoras servem como excelentes beacons
na ausência destes nas faixas dos radioamadores.
Segue portanto a lista de equipamentos
selecionados. Acréscimos poderão ocorrer no decorrer
da operação:
144 MHz SSB / CW / Digital
-
Transceivers.
Yaesu FT-847 como radio principal, equipado com filtros INRAD
2.1 kHz SSB e 400 Hz CW, além de um filtro Collins
de 2.6 kHz. Icom IC-7000 como rádio secundário.
-
Amplificador.
TE Systems 375 Watts como amplificador principal, modificado
com sistema de refrigeração contínuo.
RFConcepts 170 Watts como amplificador backup
-
Audio
Interface. SignalLink USB para modos digitais
-
-
Yagi
longa de 18 elementos M2
2m18XXX na polarização
horizontal apta a ser apontada para quaisquer azimutes;
-
Yagi fixa de
51 elementos (Fixed rope ladder yagi)
na polarização horizontal apontada para o nordeste
do Brasil, o maior trajeto considerado. Ela oferecerá ao
redor de 20,5 dBd de ganho;
- Mastro. Altura mínima
de 10m.
- Coaxial. LDF4-50A ou
similar 1/2" hardline com chave seletora de antenas SDDT.
- Filtros. Possivelmente
um Microwave Module MMt-200-7, bandpass para 2m, filtro de rejeição
70cm.
-
Fonte.
Astron linear supply.
432
MHz SSB / CW / Digital
Ambos rádios oferecem
acesso multimodo aos 70cm, portanto faz sentido atribuir à expedição
capacidade operacional nesta banda. Os dutos troposféricos inclusive
podem eventualmente apresentar melhor desempenho em 70cm ao invés
dos 2m.
Um dos vários objetivos
da expedição é efetuar contatos distantes também
em FM. Apesar das estações em SSB, CW e Digitais oferecerem
o melhor desempenho para o DXismo, há estações de
2m em FM e repetidoras. No entanto a estação deverá
estar também configurada para notar os sinais das repetidoras ou
as operações locais simplex.
- Transceiver. O ideal
seria dispor de um equipamento específico de FM móvel
com 50 Watts para escanear continuamente o espectro de repetidoras,
o que poderá ser concretizado na chegada e encontro da equipe
na África do Sul e Namíbia. Alternativamente o IC-7000
ou FT-847 seriam utilizados.
- Amplifier. RFConcepts
170 watts.
- Antenas. Duas Yagis
curtas de 11 elementos WA5VJB montada junto ao mastro das antenas de
recepção de radiodifusão FM. Se dispusermos de
um mastro não condutivo como madeira, uma única longa
Yagi seria montada. Polarização vertical.
- Mastro. Mínimo
de 7 metros.
- Coaxial. LMR-400.
- Power Supply. Astron
linear supply.
Radiodifusão em FM
Os sinais de radiodifusão
poderão servir como excelentes beacons. Eles são numerosos
e em diversas localizações. Em Lüderitz dispomos apenas
de 4 estações de baixa potência portanto a interferência
local será mínima. A antena Yagi deverá dispor de
boa discriminação lateral e frente/costa.
Um computador portátil
será exigido devido a um bom número de razões: ele
permitirá o uso de modernos modos de emissão voltados para
o DX, servirá como CW e Voice memory keyer, assim como registrará
o log. Ele também permitirá a comunicação
convencional com o mundo externo para acertar sckeds, checar as previsões
de propagação e meteorologia, além da precisa sincronia
temporal.
-
Computador.
Dell 9100 Laptop.
-
Monitor
secundário. Será utilizado para prover
mais dados simultanemanete. A ser obtido na África
do Sul.
-
Interface.
SignalLink USB com cabos para o FT-847 e IC-7000.
- Serial ports. USB/RS-232
adapter com cabos RS232.
- Software. Ham Radio
Deluxe, DM780, WSJT, CW Skimmer, Audio Recorder, Spectran, UDY-2, Voice
Key Express, NMEA Time, AREPS.
- Networking. Cabeada
em todo acampamento. Broadband Internet através de 3G do MTC
Namíbia. Dovado UMR Router para redirecionar o serviço
a todos PCs da estação. Surge Protector.
A operação de Tropo englobará
várias frentes em sincronia com a operação de EME.
-
Função
beacon e CQs. As estações em 2m ou 70cm operarão
como beacons e chamarão continuamente com espaços para
contestação. Para CW utilizaremos um keyer externo com
ID-O-Matic, via PC com o DM780 ou o memory keyer interno dos rádios.
As chamadas digitais utilizarão o software WSJT ou DM780. As
chamadas automáticas de voz utilizarão o voice keyer
interno dos rádios ou software como o UDY-2 ou Voice Key Express.
-
Períodos
de escuta. O modo beacon manterá períodos de
monitoramento para identificar as estações que responderem
aos chamados. Os rádios operarão em regime low duty
cycle para manter os sistemas refrigerados.
-
Monitorando
radiodifusão FM. O receptor de FM será utilizado
para captar a Saint FM na Ilha de Santa Helena ou estações
continentais na América do Sul. O receptor Sony dispõe
de 20 memórias e modo scan, no entanto ele não pode
bloquear as estações de Lüderitz. Se o IC-7000
for utilizado, teremos 5 bancos com 99 memórias, além
do scann de banda integral.
-
Checando
repetidoras. A operação em FM tentará
identificar as repetidoras na polarização vertical com
uma lista de freqüências das repetidoras brasileiras. Uma
permissão especial foi solicitada para que possamos emitir
em FM no espectro entre 146-148 MHz para atracar as repetidoras eventualmente
encontradas.
-
Transmissão
coordenada com EME. A estação de EME tem potencial
para operar entre 12 e 13 horas diariamente. Com dois transmissores
de alta potência próximos, teremos grande probabilidade
de provocar interferências mútuas, portanto as transmissões
Tropo serão sincronizadas na mesma seqüência de
transmissão EME.
-
Freqüências
de operação.
144.200 MHz: SSB/CW
(DX calling frequency)
144,250 MHz: JT65B/SSB/CW
432,100 MHz: SSB/CW (DX calling frequency)
432,150 MHz: JT65B/SSB/CW
-
Trabalhar
todos os modos. Os trajetos mais significativos deverão
ser trabalhados no maior número de modos possíveis como
SSB, CW, FM e digitais visando novos recordes.
-
Trabalhar
todas as bandas. As estações deverão
ser questionadas se dispõem de 70cm ou 23cm e trabalhar essas
bandas se possível.
- Schedules, Email, telefones.
Conferir N4BHC.
- QSOs Recordistas. Os
contatos significativos deverão ser gravados para futura confirmação
e análise em MP3 ou WAV.
-
Coleta de
dados meteorológicos e dos Índices Tropo de Hepburn.
Dados meteorológicos deverão ser obtidos a cada 6 horas
para correlacioná-los com o monitorado, ou especialmente hora
de um QSO significativo ocorrer. Algumas variáveis são:
- Mapas de Willian Hepburn;
- Cartas Isobáricas;
- Temperatura da superfície
do mar;
- Dados de inversões em Lüderitz,
St. Helena, Ascension Islands e litoral brasileiro.
-
Log on-line.
O log deverá ser compartilhado pela internet na maneira mais
rápida possível.
-
Website.
Um website deverá ser criado como referência da expedição.
Uma cópia de todo material pertinente como freqüências
e skeds deverão ser publicados no website.
-
Blog.
Um blog das atividades da estação deverá ser
elaborado de forma a estimular o interesse na expedição,
cobrindo os eventos ocorridos no local e status da operação.
Estações
parceiras
Conquistamos fortes colaboradores da Expedição Namíbia.
Eles estarão na escuta e tentarão contato em várias
bandas. Ele também montarão seus logs visando compreender
a Tropo transoceânica.
Aqui
o link com a relação de estações que estarão
ativas ao mesmo tempo que V5/KT6Q.
Fontes de dados adicionais
CONTRIBUIÇÕES
PARA OPERAÇÃO DE TROPO: Você pode
contribuir com o segmento operacional de Dutos Troposféricos
desta expedição via Paypal, ajudando a cobrir
os custo de viajem, acomodações e operações.
As doações NÃO são dedutivos dos
impostos. Maiores
informações em inglês.
Atenção:
No
mesmo período o Japy DX ativará duas estações
parceiras, uma na costa nordestina
e outra no litoral carioca.
Clique nos links para maiores informações ou retorne
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